A borracha FSA (Folha Semi-Artefato), material do qual as Joias Orgânicas e outros produtos de design e artesanato são feitos, foi desenvolvida com o objetivo de gerar renda na floresta Amazônica. Essa borracha colorida se tornou uma tecnologia social pelo poder de gerar transformação social, sendo a inclusão das mulheres na cadeia produtiva da borracha nativa um dos pontos mais altos. Hoje, a borracha é produzida ao lado da casa da família, na unidade de produção, permitindo assim a proximidade com os afazeres domésticos e a convivência com os filhos; a defumação do látex foi eliminada; e o processo de produção é limpo e, relativamente, simples. O novo método, desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Química da Universidade de Brasília (LATEQ-IQ/UnB) gera uma maior a interação entre os membros da família nessa cadeia de valor. Em alguns casos, por exemplo, os homens coletam o látex das seringueiras na floresta e as mulheres fazem a produção na unidade. No entanto, o que se vê, são os casais trabalhando em parceria, e muitas vezes, com os filhos mais velhos, no processo de misturar o látex com o pigmento e os insumos que darão qualidade à borracha. A produção da borracha colorida é uma oportunidade para que famílias ribeirinhas continuem vivendo na floresta e com melhor qualidade de vida, e dessa forma exerçam o papel tão importante de guardiãos da floresta, por protegerem largas áreas de matas e rios das regiões onde vivem e de onde tiram o seu sustento. O olhar da fotógrada Eliz Tessinari revela a atuação das mulheres na produção durante Oficina de Melhoramento da Produção e Gestão da Borracha Colorida FSA ministrada por Flavia Amadeu e viabilizada pelo Projeto Valores da Amazônia da SOS Amazônia na comunidade do Curralinho, no Acre, em janeiro de 2017. Admiração e respeito por todas essas mulheres, mães, seringueiras, artesãs, amigas e guardiãs da floresta. Fotos de Eliz Tessinari.
Comunidade do Curralinho, Feijó, Acre, de 15 a 18 de Janeiro de 2017.
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